sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Churakagi!


Haisai!

Uma nova seção no blog!

Aqui apresentarei a beleza de Okinawa além das praias e pontos turísticos!

“Churakagi” significa rosto bonito em uchinaguchi!

E para começar com o pé direito, nada melhor do que começar com o rosto bonito que mais se tornou famoso nos últimos tempos, Kuroki Meisa (黒木 メイサ).



Biografia

Nascida em 28 de maio de 1988 na cidade de Nago, em Okinawa sob o nome de Shimabukuro Satsuki.
Mãe japonesa e pai nipo-descendente*, mais nova de quatro irmãs, foi descoberta no segundo ano do colégio por um olheiro da agência B.B.Waves de Okinawa!

Com uma beleza exótica bem distribuída entre seus 1,65 metros, logo conseguiu vários trabalhos em peças de teatro e séries de tv.


Foi contratada pela famosa revista JJ, sendo sua modelo oficial, e assim começa sua jornada para o sucesso!



Atuou em vários filmes de grande sucesso no Japão, entre eles:

Assault girls
Crows zero II
Space Battleship Yamato   
Yajima Byoushitsu

E também em vários doramas, que se destacam:

Ichi pound no fukuin (primeira dorama que assisti dela!)
Chance
Ninkyo helper
Shinzamono
Shiawase ni naro yo
Jyuu

Além de se dedicar ao mundo da música, com ritmos dançantes e combinados com sua beleza, cada single é sucesso certo!





*Eu pesquisei em vários sites e encontrei várias nacionalidades para o pai dela, mas eu creio que ele seja brasileiro!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Herói Uchinanchu


Haisai!

Quando o mal aparece na ilha de Okinawa, um homem é escolhido pelo gênio das “Mabui stones” para proteger a ilha dos seres malvados. Esse herói é chamado Ryujin Mabuyer (琉神マブヤー).





É com a lenda acima que somos apresentados ao verdadeiro super-herói de Okinawa, que ao estilo dos melhores tokusatsus japoneses, conquistou até mesmo o público de fora da ilha!
Apesar de não contar com um grande orçamento, e ter atores não muito famosos, a série possui um carisma regional que faz valer a pena assistí-la!

Além de poder ver os cenários baseados em Okinawa, também há muitas referências à cultura da ilha, inclusive com aulas de uchinaguchi!

História:

No ano de 2008 a ilha de Okinawa é um lugar bonito e pacífico. Sem o conhecimento dos habitantes da ilha, um grande mal aparece.
Os monstros de Majimun planejam roubar as nove lendárias Mabui Stones.
É assim que o poderoso Ryujin Mabuyer aparece para destruir o mal e salvar o povo de Uchina!
O escolhido da primeira fase se chama Kanai, que além de passar por uma crise de poder, ainda tem que enfrentar o próprio irmão na batalha contra o exército maligno!
E como toda história de super-herói o bem triunfa no final!

As lendárias Mabui Stones tem dentro de si todo o poder do tesouro cultural de Okinawa, elas são:

Uchinaguchi Mabui Stone: Se perdida, a língua materna de Okinawa será esquecida para sempre.

Ishiganto Mabui Stone: Se perdida, a proteção de Ishiganto desaparecerá, ocorrendo desastres e acidentes.

Te-ge- Mabui Stone: Se perdida, toda o modo de viver dos uchinanchus se perderá.

Eisa Mabui Stone: Se perdida, não será possível dançar eisa nunca mais.

Cha-gan-jyu Mabui Stone: Se perdida, não haverá mais ninguém saudável.

Ichariba Choode Mabui Stone: Se perdida, toda a amizade do mundo se perderá.

To-to-me Mabui Stone: Se perdida, o respeito aos ancestrais será esquecido.

Nutidu Takara Mabui Stone: Se perdida, a vida não será mais valorizada.

Kacha-shi Mabui Stone: Se perdida, não haverá mais kacha-shi nas danças.

                       Mabui Stone



É com essa premissa, mesclando cultura e ensinamentos sobre a língua okinawana, a série se tornou um sucesso entre os “Heróis locais”, como são chamados os seriados baseados em províncias específicas do Japão!

Curiosidades

-O vilão se chama Habu Devil, habu é a cobra típica de okinawa.
-Existem três Ryujin Mabuyer, sendo dois homens e uma garota

-Os capangas são somente dois, bem desengonçados por sinal.

-Um filme para cinema será lançado em 2012, tendo como protagonistas Yamada Shintaro (membro da banda Saata Andagi) e ISSA ( líder do grupo Da Pump).


-A música tema é cantada pela banda peruana Diamantes

Glossário

-Majimun: Demônio ou monstro em uchinaguchi
-Ishiganto: São pedras que podem ser encontradas em toda Okinawa, diz-se que protegem as pessoas de acidentes nas ruas
-Mabuya: Espírito em uchinaguchi
Kacha-shi: Dança onde todos se levantam e começam a dançar, muito comum nos finais de eventos

Fonte: Site Mabuyer Project

sábado, 19 de novembro de 2011

Begin no Brasil


Haisai!!!


                       
                    Cartaz oficial do show


Diretamente da maravilhosa ilha de Ishigaki (石垣島) para a terra do samba e futebol, a banda Begin trouxe toda a alegria e a demonstração do Espírito Uchinanchu para todos os descendentes de Uchina que residem no Brasil!

Foi a primeira vez deles em terras brasileiras, onde puderam sentir todo o carinho e simpatia do povo, principalmente de seus “Shimanchus”,compatriotas, lembrando que todos os descendentes de okinawanos são considerados uchinanchus, e assim sendo, mostrando que o “Ichariba Choode” realmente é verdadeiro!


                     O trio em ação

Não pude comparecer ao show por um pequeno problema de distância,somente meio planeta me separava do Pavilhão de Exposições do parque doAnhembi, mas meus amigos que estiveram presentes me garantiram que foi um show único, para se lembrar por toda a vida!




                      Platéia

A Karina (do blog Tesouros de Okinawa, que também fez uma matéria sobre o show), tocou taiko com eles (inveja, diga-se de passagem), e o pessoal do Kaikan que eu faço parte, o Uruma, também participaram em peso!

Pelos sites que visitei para saber um pouco mais sobre o show, quase todos concordaram que a parte mais emocionante foi quando o vocalista Higa Eishō recebeu das mãos de Seishin Miyashiro, filho de Ihachi Miyashiro, o primeiro sanshin que veio de Okinawa para o Brasil, junto com seu pai no Kasato Maru, o navio que trouxe os imigrantes pioneiros do Japão e tocou a música “Mukashiwa kaisha, ima wa kaisha”.

Enfim, foi uma oportunidade única, onde quase 7 mil pessoas puderam sentir o espírito Uchinanchu através de um de seus maiores representantes!

Uma breve biografia:



                         Begin

Formada por Higa Eishō (vocal), Shimabukuru Masaru (violão) e Uechi Hitoshi (piano), o trio é talvez a mais conhecida banda de Okinawa do mundo!

Os três rapazes se conheceram no primário e estudaram juntos até o colégio, onde após se formarem, cada um seguiu seu próprio caminho.

Alguns anos depois, eles se encontraram novamente e decidiram trabalhar com música juntos.
Após tocar na festa de casamento de um amigo, a banda começou a fazer sucesso pela ilha, sendo assim nomeada como “Begin”!

Com várias músicas de sucesso, como “Shimanchu nu takara”, “Nada sou sou”,“Sanshin no hana”, “Ojii jiman no Orion biru”, “Kariyushi no yoru” entre muitas outras, o trio se tornou uma das mais conhecidas bandas não só em Okinawa mas em todo o Japão, espalhando a alegria e simpatia que é característica de todos os Uchinanchus!













Nota: O Begin tem um repertório composto por músicas no ritmo de Blues também, que sendo muito diferente do estilo musical “oficial” deles, faz valer a pena dar uma conferida nesse lado “B” da banda.

Fontes: Biografia pela wikipedia japonesa e fotos de Gabriel Inamine.

sábado, 12 de novembro de 2011

Ínicio e fim


Haisai

Última parte de minha aventura em Okinawa, dessa vez falarei sobre a capital da província, Naha!

Ao pôr os pés na cidade, minha primeira impressão foi a de estar de volta ao Brasil, tamanha à semelhança entre Naha com São Paulo!

Começando pelos prédios, feitos de concreto e não de “papel” como costumamos dizer das construções do Japão, pelo fato de Okinawa todo ano sofrer com vários tufões, com ventos muito fortes, que seriam sériamente danificados se forem feitos com material mais frágil, e a distância das placas tectônicas japonesas, que tornam a possibilidade de terremotos bem abaixo da média nipônica!

O clima também é “brasileiro”, sendo quente no verão e não muito frio no inverno, com temperaturas de 15ºC  em média (muito acima da média do inverno japônes).

Eu, particularmente, achei o trânsito meio bagunçado, com cruzamentos difíceis de entender e motoristas imprudentes, a maioria formada por turistas japoneses, que por não conhecer bem o lugar tornam a tarefa de dirigir um verdadeiro desafio!

A principal rota é a famosa Rota 58, que corta a ilha principal de Okinawa de ponta a ponta (foi por ela que fui de Naha até Itoman), sendo inclusive tema de vários presentes e imagens relacionadas à província (tem um grupo chamado Karyushi 58, inspirado nessa avenida)!



                        Rota 58


O cenário da cidade se divide entre prédios e o porto de Naha, principal ligação do antigo Reino de Ryukyu com a China, Coréia e Japão.

Entre os vários prédios que eu vi, destaco o Naha Cellular Stadium e um restaurante em cima de uma árvore (?).


                     
                         Hein???

O principal ponto turístico é o Castelo de Shuri, do qual já falei alguns posts atrás, sendo muito procurado pelos visitantes.


Um dos problemas para quem se desloca de carro em Naha é a falta de estacionamento nos lugares (restaurantes, lojas de conveniência, lojas etc), o que torna quase obrigatório o uso dos estacionamentos pagos. Talvez por isso o transporte público é muito utilizado, como ônibus e o famoso monorail, algo como monotrilho, além da bicicleta e caminhada.



                        Monotrilho


A estrutura e a organização da cidade se torna ainda mais impressionante se soubermos que durante a Segunda Guerra Mundial, o centro de Naha foi completamente destruído, precisando ser totalmente reerguido pelo seus moradores e governo!

E assim termina minha viagem para Okinawa, do mesmo ponto em que começou, na capital da província!
Foi realmente um prazer estar em Uchina pela primeira vez e tenho certeza de que voltarei  para esse lugar lindo!

Deixei Okinawa não com um “adeus” e sim com um “até logo”!

Bye

domingo, 6 de novembro de 2011

Origens


Haisai!


Meu passeio por Okinawa foi marcado por uma viagem inesquecível na terra natal de meus antepassados!

A cidade de Itoman (糸満市) localizada ao Sul de Naha, com uma população de aproximadamente 56 mil habitantes (dados de 2010), fundada no dia primeiro de dezembro de 1971, com sua economia baseada principalmente na pesca é uma típica cidade de interior, aconchegante e com um povo acolhedor.


 
Uma de suas atrações turísticas mais famosas é a “Cornerstone of peace”, algo como a “pedra angular da paz”, localizada no Museu Memorial da Paz, onde se encontra escrito o nome de todas as pessoas que morreram durante a batalha de Okinawa, okinawanos, aliados e a parte do eixo do mal, não fazendo separação de quem foram “bons” ou “mals”, simplesmente uma oração para as almas daqueles que perderam suas vidas.

Também nesse local se encontra o “Penhasco do suicídio”, onde devidos aos terríveis rumores do que poderiam ser feitos aos perdedores da guerra, muitas famílias se lançaram para a morte nesse penhasco!


                     
                  Pedras com os nomes


                  Cornerstone of Peace

Fugindo um pouco das atrações tristes, também vale a pena visitar o mercado de peixes da cidade.

Com uma variedade enorme de peixes, o preço baixo surpreende pela diferença com o que estamos acostumados a pagar aqui no Japão!

A tranquilidade da cidade reflete diretamente em seus moradores, acostumados com estrangeiros são todos bem simpáticos e gentis.

O bairro onde moram meus parentes, não tão distantes agora, fica em um local afastado do centro, com várias residências perto uma das outras, e assim como no Brasil todos os moradores se conhecem.

O terreno é muito grande, composto por lugares vazios sem nenhuma construção e casas de parentes também.


                    Uma vista da cidade


 Demos uma passada na escola em que minha Oba estudou no passado, cerca de 20 minutos de carro ( e ela fazia esse trajeto a pé todos os dias!), que apesar de ser domingo, tinha gente treinando futebol por lá!
 
Recebi do sobrinho da minha Oba (que deve ser só um pouco mais novo que ela) um conjunto de documentos que representa a “árvore genealógica” da família, datada de 1400 até os dias de hoje!
Minha missão é listar a parte brasileiro dessa árvore, com o nome e dados de todos os familiares à partir de minha Oba.

Pelo que eu pude ver ( e entender) desses documentos, o topo da árvore vem diretamente da linhagem dos reis do Reino de Ryukyu, o que significa que, mesmo distante, tenho uma relação com a nobreza de Okinawa!

Como meu tempo era curto, nem pude aproveitar muito a visita pela cidade, o que é uma pena pois tenho certeza de que teria muito o que conversar com as pessoas de lá (apesar de eles misturarem muito o japonês com o uchinaguchi).

Mas como agora tenho um trabalho a cumprir, é certeza que voltarei lá para aprender mais sobre a história da família e costumes locais!

Próximo post será sobre Naha e o final de minha viagem em Okinawa!

Bye


Nota

Se localiza em Itoman também uma caverna que é considerada o ponto final da Segunda Guerra, onde um grupo de estudantes treinadas para serem enfermeiras, com o medo dos estupros por parte dos americanos e japoneses se escondiam em cavernas, e em uma dessas cavernas foi jogada uma granada por parte dos militares americanos, que deixou somente cinco sobreviventes de um grupo de quarenta e cinco mulheres.

Em homenagem à essas pessoas foi erguido o “Monumento Himeyuri”.


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Uma volta ao passado


Haisai!
Aproveitando minha ida para o Festival Uchinanchu, claro que eu fui fazer um turismo por Okinawa!

O primeiro lugar que visitei foi o Castelo de Shuri (首里城), em Naha.

Ao chegar no local, que fica no topo de um morro, a primeira dificuldade foi encontrar um lugar para estacionar (falarei depois sobre o trânsito e a arquitetura de Naha), o número de carros e ônibus circulando pelas ruas era enorme!

Achado um local dentro de uma caverna (!), segui para o castelo!

Garoava fraco, nada que um guarda chuva não resolvesse, e na entrada do castelo haviam duas moças com o tradicional quimono de Okinawa para tirar fotos com os turistas!

Adentrando o portão principal (Shureimon) a sensação de se voltar ao passado é evidente pela paisagem, com uma escadaria e muros que parecem cenário de filme!
                        Shureimon
Algo bastante agradável de se ver é a presença de uma grande área verde, com uma variedade de plantas enorme, que misturada com a arquitetura antiga me surpreendeu pela impressão de que antigamente não era muito diferente!

A caminhada até o castelo é marcada por construções semi-destruídas e algumas intactas!


O valor pago para se entrar na área do castelo é de 800 ienes (mais ou menos dezesseis reais), com direito a um panfleto com explicações sobre a história do lugar!


O pátio principal é dividido em três partes, Hokuden (lado norte), Seiden (centro) e Nanden (lado sul), onde cada área contém um prédio.

No lado direito de quem entra, a arquitetura do prédio é baseada em construções japonesas, pois essa é a direção do Japão em relação a Okinawa, que era usada para receber autoridades japonesas, e ao lado esquerdo o estilo é baseado na arquitetura chinesa, pois essa é a direção da China, que da mesma forma servia para se receber autoridades chinesas!

                          Nanden

                      Hokuden
Na parte central se encontra o glorioso Castelo de Shuri, a maior construção de madeira existente em Okinawa, que foi a moradia da família real de toda a Disnatia Ryukyu!
                     Castelo de Shuri
Entre artigos antigos e lojinhas de presente, vale destacar uma réplica da coroa e do selo real e o trono do rei Ryukyu, que é muito bonito mesmo não sendo o original.

                          Coroa Real

                         Selo Real


               Trono Dinastia Ryukyu

Existem também maquetes mostrando como eram as cerimônias no castelo.

        Maquete representando a cerimônia de ano novo


Um fato interessante é que quando a cúpula do G8 (grupo dos países mais ricos do mundo) se reuniu em Okinawa,em julho de 2000, foi dado um banquete no salão principal, com a presença dos chefes de estado mais importantes da época, como Bill Clinton (EUA), Tony Blair (Inglaterra) e o então primeiro ministro japonês, Mori Yoshiro.

O cuidado com a preservação do castelo é tão grande, que o percurso da parte de dentro é feita com os pés descalços, portanto ao visitarem o Shuri Castle lembrem-se de estarem com meias sem furos!

Realmente visitar o castelo foi um acerto muito grande na minha passagem por Okinawa, pois ao contrário do famoso aquário (ChuraUmi, que outro dia vou visitar com certeza), tem um valor histórico muito importante para quem quer aprender um pouco mais sobre a cultura okinawana!

Quem tiver a oportunidade de ir até lá, aproveitem o máximo de cada pedacinho de terra que pisar, pois a sensação de se estar em um lugar tão rico em história é maravilhoso!

Próximo post: 

Minha visão de Naha e visita a terra natal da família!

Nota: O castelo foi reconstruído diversas vezes ao longo dos séculos, a última reconstrução foi logo após a Batalha de Okinawa, na Segunda Guerra Mundial, onde foi parcialmente arrasado pelos bombardeios!

Nota 2: Muitas das construções presentes na área do castelo são Patrimônios Históricos da Humanidade reconhecidos pela UNESCO .

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Okaerinasai


Haisai!!!

Nessa semana falarei sobre as atrações que assisti no Uchinanchu Taikai!

Eu cheguei em Okinawa na sexta feira, segundo dia do Festival, portanto não assisti ao desfile de abertura, que foi realizado na Kokusai Dori, em Naha!

Haviam dois palcos diferentes no local, um fora do estádio e um dentro do estádio, o de fora era destinado às atrações “secundárias”, e no meio do campo de beisebol, um palco gigantesco destinado para as principais atrações!

No palco menor se apresentavam artistas locais e aspirantes a cantores!

Entre vários que eu pude ver, gostei bastante dos cantores mais pop, que misturam elementos clássicos da musica de Okinawa com um som mais moderno!

Já no palco principal, muitas surpresas aguardavam quem foi assistir aos shows!

Assim que eu entrei, havia uma apresentação que misturava teatro e música, com elementos clássicos da vida antigamente na ilha!

Logo após uma família, composta por duas irmãs e a mãe, cantando o famoso “minnyo” de Okinawa, e músicas famosas como “Nada sou sou”, “Asadoya yunta” entre outros!

Um grupo de Okinawa Eisa foi a próxima atração, eu particularmente gostei muito dessa apresentação, o som do Taiko de Okinawa sempre mexeu muito comigo, e ver crianças tocando esse instrumento com tanta vontade, embaixo de uma garoa bem chata, foi muito algo muito gratificante de se ver!
A primeira surpresa do festival (ao menos para mim), foi um grupo que tocava Taiko também, que logo de cara começou com um “bateirista” que tocava uma “bateria” composta por vários taikos juntos, que transformavam o som clássico do taiko com uma batida de rock!

Após as primeiras músicas, todas com um som épico, entrou uma banda completa, com direito a guitarra, baixo e backing vocals.

Começaram com um jazz básico, e terminaram com “Smoke on the water” do Deep Purple!

Passado o som pesado, novamente entrou o grupo de Eisa junto com a dupla D-51 para finalizar a sexta feira!

No sábado de manhã fui visitar o Castelo de Shuri, que fica para o próximo post, e depois voltei ao Cellular Stadium para ver o festival!

Sem novidades pela parte da manhã, o mesmo grupo de Eisa Taiko se apresentou a tarde, só que dessa vez trouxeram um legítimo Shisa para dançar junto a platéia!

                  Shisa junto ao público

E a grande surpresa do festival!
Festa Latina!

Sim, a parte final do dia foi conduzida pelo ritmo latino em Okinawa!

Houve apresentação de Samba, Salsa e a única parte que eu assisti (sinceramente eu não fui para Okinawa para ver carnaval!), a apresentação do grupo peruano Diamantes!

Conduzido pela voz forte de Alberto Shiroma, o grupo animou a pláteia e as apresentadoras ( Patty Arakaki e Carolina Horikawa, peruanas que dançam muito bem!),sob o ritmo de Okinawa mesclado com a animação latina!

              Apresentadoras da Festa Latina

Realmente a cerimônia de encerramento no domingo foi o ápice da festa, com a presença de 
Miyazawa Kazufumi (vocal do The Boom) e do Begin!

Mas como meu avião de volta foi marcado para as seis e meia, não pude acompanhar o melhor, além do local estar completamente lotado!

Mas realmente foi muito gratificante estar lá e poder acompanhar a festa!

Um fato interessante e que me marcou muito foi o fato de todos os cantores ao chegar no palco saudarem o público com o um “Okaerinasai”, em vez do tradicional Bem vindo, o que deu realmente a sensação de estar de volta em casa!

Semana que vem Castelo de Shuri, cidade natal e algumas coisas mais!
Bye 

Notas:

Minnyo é a música tradicional, tanto de Okinawa quanto do Japão.
Okaerinasai é uma saudação dita quando alguém retorna para casa.
As fotos do palco ficaram ruins por que foram tiradas de longe.

Fonte: Fotos de Alberto Shiroma e das apresentadoras tiradas do Nippon notícias

domingo, 16 de outubro de 2011

Ichariba Choode

Uchinanchu Taikai (parte 1)



Infelizmente não deu tempo de escrever nem postar nada em Okinawa, a correria e a vontade de fazer tudo, acabei sem tempo de abrir o computador!

Bom vamos ao que interessa!
Sinceramente não há palavras para descrever o que se sente ao chegar aqui, são várias emoções juntas em um só sentimento: o de estar de volta em lugar em que nunca se esteve.

Complicado? Talvez seja um pouco, então tentarei explicar do modo como eu me sinto!

A primeira coisa que temos dificuldade em uma viagem é sempre a adaptação ao lugar,mas pelo menos para mim, eu já cheguei “adaptado” em Okinawa!
                                                                                                  Céu de Okinawa

Ao chegar no aeroporto da cidade de Naha, a primeira coisa que se ve é o mar!

Mas não é um mar qualquer, é um mar limpo e cristalino, que faria inveja aos melhores filmes sobre praias!

Como era época do Uchinanchu Taikai, logo na entrada havia uma bandeira como o logo do evento e bem vindos em várias línguas!


O meu pacote incluía um carro alugado, então fui de carro até meu hotel e depois fui ao Naha Cellular Stadium, um estádio de beisebol enorme, com capacidade para 15 mil pessoas, inteiramente decorado para a festa!
                           Naha Cellular Stadium

Ao chegar lá, me senti em uma festa do meu kaikan no Brasil, todas as pessoas me pareceram familiares, como conhecidos que se encontram pela primeira vez!

“Conhecidos que se encontram pela primeira vez”?

Sim, esse é um sentimento que os uchinanchus chamam de “Ichariba choode” (イチャリバ チョーデ), que significa algo como “ao nos encontrarmos, somos irmãos”, que mesmos nunca termos nos encontrados somos todos filhos de Uchina, e para sentir isso, basta se se aproximar uns dos outros!

E uma das coisas que mais me chamaram a atenção foi a diversidade encontrada lá, por exemplo, haviam mestiços de todas as nações, desde negros altos (muito altos,alías!), até loiros de olhos claros.
Isso fez com que meu orgulho em ser descendente de okinawanos crescesse mais ainda, pois não há preconceito com cor, país de origem, língua nem classe social!

Os participantes tinham idades que iam de crianças de colo até idosos de idade avançada vindo de várias partes do mundo!

Um fato interessante foi ver senhoras falando um inglês perfeito, de dar inveja mesmo, sendo que se eu fosse conversar com elas, iria obviamente falar em nihongo!

E também haviam várias barracas com diversos tipos de alimentos, desde pastéis do Brasil até o Kebab (turco creio eu!).

E vários voluntários trabalhando duro para deixar tudo bem organizado, e mais uma vez a diversidade prevaleceu, com pessoas falando português, inglês, espanhol entre outras línguas!

Bom, essa foi minha primeira impressão de Okinawa e do evento!

Nos próximos post falarei sobre as atrações que vi (incluindo um show de samba (?), eisa taiko, Diamantes entre outros, além da minha viagem para a cidade natal da minha obá, uma descoberta interessante sobre minha relação com a nobreza do reino de Ryukyu (!) e a minha visita ao castelo de Shuri!

Consegui reunir material para vários posts, então acho que por um tempo o assunto do blog será mesmo o Festival Mundial Uchinanchu!

Até o próximo post!

Bye